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Em Porto Alegre, servidores da segurança protestam contra corte de gastos do governo Temer

  • Foto do escritor: Luís Barreto
    Luís Barreto
  • 25 de ago. de 2017
  • 2 min de leitura

Representantes da PF, da PRF, da Polícia Civil, da Receita Federal, da Susepe e do IGP se reúnem em frente à sede da PF

Contrários a medidas de contingenciamento de gastos anunciadas pelo governo federal, servidores da segurança pública fazem um protesto na manhã desta sexta-feira (25) em Porto Alegre. Representantes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Civil, da Receita Federal, da Susepe e do Instituto Geral de Perícias (IGP) se reuniram em frente à sede da PF, no bairro Azenha, entre as 10h e meio-dia. No período, um carro de som bloquou uma das pistas da Avenida Ipiranga. Pelo menos 150 pessoas participaram do protesto.

O anúncio do governo Temer feito na terça-feira da semana passada (15) visa a redução de custos para fechar as contas públicas dentro da previsão. Entre as medidas está o adiamento, por um ano, do reajuste acordado com algumas categorias de servidores, incluindo agentes policiais, que seria pago a partir de janeiro de 2018. A previsão é de que isso gere uma economia de R$ 5,1 bilhões no ano que vem.

— Estamos encarando esses ataques do governo como um complô contra as polícias. Mas se eles acham que vamos parar, estão muito enganados. Podem fazer de tudo, seguiremos combatendo a corrupção — afirma Ubiratan Sinderson, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do RS.

Os servidores estaduais da área de segurança afirmam prestar solidariedade ao colegas.

— Sartori e Temer são unha e carne. O que um faz, o outro replica. Mas se o governador cancelar nosso reajuste, vamos iniciar uma guerra aqui — aponta Isaac Ortiz, presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS.

Entre as categorias atingidas estão docentes, policiais civis e militares de ex-territórios, carreiras jurídicas, servidores do Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, auditores da Receita Federal e do Trabalho, peritos do INSS, diplomatas e oficiais de chancelaria.

Os servidores da segurança criticam o "congelamento de salários", mas também o aumento da alíquota previdenciária, o achatamento do piso salarial e o contingenciamento de verbas destinadas à polícia. "Sobre esses profissionais não pode recair a responsabilidade dos prejuízos decorrentes da farra com o dinheiro público e do mau gerenciamento de verbas", aponta o comunicado assinado por oito sindicatos de categorias da segurança pública.

Diretor do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais (SINPRF-RS), Ugo Fiori lembra do corte de 60% no orçamento da polícia rodoviária feito neste ano, que depois foi contornado pela liberação de R$ 30 milhões pelo governo.

— Agora que a gente voltou a fazer rondas e operações, Temer vem e ataca diretamente o servidor. Quem perde é a população, porque nosso trabalho é de todo a segurança é fundamental para o país — afirmou Fiori.

As medidas anunciadas pelo governo federal terão que ser aprovadas pelo Congresso para terem validade. Além de um ato previsto para setembro no Estado, os servidores da segurança planejam um grande protesto nacional quando o pacote de Temer chegar no Congresso.

 
 
 
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